Foi dito que uma empresa é o que são seus diretores ou pessoas chave que tomam decisões.
Produto, mercado, finanças e administração são elementos importantes no funcionamento de uma empresa, mas o fundamental são suas pessoas e, entre elas, as que exercem o comando.
A capacidade essencial da direção de empresas é a de mudança: perceber quando um produto é obsoleto, se o mercado variou de atitude, qual a novidade que deve ser introduzida, que novo talento contratar, a que outros mercados ou países vender, etc.
O diretor deve estar atento às mudanças do ambiente e tomar consciência de que hoje não é possível resolver os problemas como ontem.
Usar o poder para mandar é a pior maneira de dirigir.
Não basta decidir, é preciso implementar, pôr em prática, precisar, medir, ensinar (a característica essencial da liderança) e pesquisar o procedimento adequado, isto é, aquele que mais se identifique com quem terá que manejá-lo.
A consagração do homem à vida pública e da mulher à vida privada prejudica a ambos.
O homem precisa comparar e completar sua vida profissional com alguns princípios afetivos e morais que não encontra na vida pública, e parecem reinar na vida privada.
A mulher precisa sair da esfera exclusiva da realidade privada para expandir-se em outros âmbitos públicos e profissionais, onde possa oferecer sua riqueza criadora e sua identidade pessoal.
Nos países industrializados, a mulher esteve afastada dos níveis de decisão e poder.
Na prática, não somente a empresa e os grandes negócios, mas também todas as instituições importantes de nossa sociedade são dominadas pelo homem.
A reclusão da mulher na vida doméstica privou o mundo econômico da representação feminina, que teria contribuído com os traços distintivos da sua personalidade, em contato natural com a vida.
Os valores que predominam no mundo da empresa (agressividade, competência, eficácia, disciplina) não são os únicos que podem gerar lucros.
Uma estrutura flexível, ágil, com sistemas versáteis e adaptados às pessoas podem fazer uma empresa ganhar dinheiro.
O dirigente deve saber situar-se num segundo plano e deixar os outros sobressaírem.
O chefe é, segundo um provérbio chinês, aquele que escuta com prazer os subordinados que seguiram suas indicações e que exclamam:
“Como o fizemos bem!”
Complacência real, porque não se brinca com a sinceridade.
Os verdadeiros sentimentos não podem ser escondidos por muito tempo.
O dirigente sabe que a empresa é uma operação dinâmica: cresce, se renova e morre.
A organização empresarial geralmente apresenta uma estrutura de liderança piramidal, uma divisão de funções e de poder concentrado na cúpula.
O relacionamento entre as pessoas que realizam as diversas funções é essencial.
Quanto menos poder se usa, mais se tem; e se se abusa, perde-se.
Uma organização que não funciona piramidalmente, onde se resolvem os problemas e há comunicação em todos os níveis, será a mais ágil e adaptável às mudanças.
Leia mais em:
- Entenda a mulher dirigente
- Entenda os obstáculos que a mulher encontra para chegar à direção
- Entenda as estratégias da mulher
- Entenda a mudança de estilo
- Entenda o que fazem as corporações americanas
- Entenda a mulher empresária
- Como entender a mulher na empresa
Fonte: Mercedes Pániker – É licenciada em Ciências Químicas pela Universidade de Barcelona. Diplomada pelo IESE, dirigiu sua própria empresa familiar. É consultora do Centro Internacional de Comércio de Genebra.