A série de atividades necessárias para projetar e construir sistemas de informação mecanizados foi descrita tradicionalmente em forma de uma sequência denominada ciclo de vida do sistema.

Embo­ra existam variadas versões desta sequência, a essência de todas elas é a mesma; seu mérito (e limitação) consiste em lis­tar as tarefas necessárias para dispor de algumas aplicações em funcionamento a partir do momento em que se intuiu sua necessidade pela primeira vez, e em omitir como levá-las a cabo.

Além disso, o processo de desenvolvimento não deve ser entendido como a realização, em ordem sequencial estrita, das tarefas incluídas no ciclo de vida, pois em determinados momentos pode ser preciso refazer algumas das tarefas anteriores por causa de algum problema detectado mais tarde, de modo que é possível que se produzam ciclos em tal processo.

A figura “Ciclo de vida de um sistema” apresenta uma versão deste que inclui a sequência de tarefas típicas e uma estimativa, a título ilustrativo, da porcentagem de recursos que se espera que cada tarefa consuma.

A figura apresenta a sequência evolutiva das tarefas típicas que constituem a base de um sistema de informação mecanizado.

Evidentemente, diferentes aplicações exigirão diferentes distribuições de recursos; o incluído nessa figura pode ser interpretado como uma média representativa do que se pode considerar normal num projeto equilibrado, de modo que os desvios importantes deveriam ser analisa­dos e explicados separadamente.

O que mais importa neste ciclo de fases é sua relevância em ordem a realizar a execução das tarefas que se incluem.

Convém ter presente, além disto, que diferentes soluções informáticas requerem quase sempre diferentes enfoques de projeto (propuseram-se procedimentos novos para o projeto de DSS, soluções mais adequadas em intervalos de decisão) e que diferentes tarefas exigirão metodologias diferentes.

Algumas das tarefas que se incluem no ciclo de vida exigem mais atenção por parte da direção do que outras.

Em par­ticular, a partir da tarefa de programa­ção, a ênfase é antes técnica, de modo que a participação da direção em tais tarefas pode ver-se substancialmente reduzida.

A título ilustrativo, o quadro “Papel dos diferentes grupos participantes nas fases do ciclo de vida” sublinha o papel que desempenha cada um dos três grupos de participantes mais representativos: usuários, diretores e técnicos.

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Fonte: Rafael Andreu Professor adjunto do IESE; é também PhD em Direção de Empresas pela Sloan School do Massachusetts Institute of Tech­nology (MIT).