É claro que o nível de concorrência entre as empresas varia de setor para setor e de mercado para mercado.

Tal variação não é acidental, mas obedece a causas estruturais do próprio mercado.

Em muitos casos, essas causas vão além das presentes circunstâncias tecnológicas ou até das características das empresas que competem num dado momento.

Barreiras de entrada

O primeiro fator, que determina de maneira significativa o nível de concorrência e portanto, as perspectivas de rentabilidade de um setor, é a maior ou menor facilidade com que outras empresas podem começar a competir no mercado em questão.

Um exemplo muito simples disto pode ocorrer com um bar.

Mesmo que se encontre um lugar especialmente bom e se descubra uma fórmula de serviço que atraia muitos clientes, é difícil que esse negócio dê lucros extraordinários a longo prazo, pois nada impede, em circunstâncias normais, que outro negociante instale um estabelecimento semelhante a 20 metros de distância.

Por outro lado, todos sabemos que certos bares, situados em lugares que não permitem a instalação de estabelecimentos competitivos, como aeroportos, estações ferroviárias, etc, tendem a trabalhar com preços superiores aos habituais, pois a concorrência, inclusive potencial, está impedida.

Em termos gerais pode-se afirmar que o nível de concorrência de um setor é determinado, em boa parte, por aquilo que se pode chamar barreiras de entrada naquele setor.

Tais barreiras de diversos tipos impedem (ou pelo menos dificultam) o aparecimento de novos competidores que, em seu afã de entrar rapidamente num segmento de mercado, tenderiam a reduzir a rentabilidade das empresas já instaladas.

Há muitos outros fatores que incidem diretamente na rentabilidade potencial de qualquer mercado.

Podemos citar, como os mais importantes: a força exercida pelos fornecedores das matérias-primas, a pressão dos clientes no momento de negociar os preços, e obviamente as características e as estratégias das empresas que competem atualmente no setor.

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Fonte: Josep Caries Jarillo – Master em Economia e Administração de Empresas pelo IESE – Instituto de Estúdios Superiores de La Empresa (Espanha) e Professor de Comportamento Humano no IESE.