A busca de maior competitividade e produtividade são temas que preocupam especialmente o empresário de hoje.

Em alguns setores fala-se de planos de reconversão e de modernização para adequá-los às necessidades atuais: eles interessam tanto aos empresários como ao governo e aos sindicatos de trabalhadores.

Que lugar ocupará a logística nesta tarefa de adaptação das empresas a um ambiente cada vez mais competitivo?

Qual pode ser seu futuro?

Que terão de fazer os empresários para utilizar mais eficientemente a logística?

A ninguém escapa que as pressões pa­ra os custos continuarem competitivos são cada dia maiores e, em muitos casos, é pouco o que se poderá fazer para a obtenção de melhorias no processo.

É aqui que a busca de uma maior produtividade deverá centrar-se em setores da empresa como a estocagem e a logística.

Uma ferramenta valiosa para a análi­se do projeto e das melhorias nos siste­mas de distribuição física são os modelos de simulação.

O alto grau de desenvolvimento alcançado pelos sistemas de processamento de dados, os conhecimentos científicos sobre o tema, devidos fundamentalmente à experiência acumulada e à quantidade de dados-base que hoje se encontram disponíveis, permitem prever que os modelos se transformarão em uma ferramenta fundamental para a direção da logística.

Com relação à aplicação destas técni­cas de simulação, é importante sublinhar que o fato de contar com um modelo, por mais sofisticado que seja, não resolve o problema.

Para que seja realmente útil, deve adaptar-se às necessidades da empre­sa e às suas características.

Comentou-se em parágrafo anterior a maior utilização do avião como meio de transporte de carga.

Tudo parece indicar que as maiores exigências de rapidez e de serviço continuarão impulsionando o crescimento deste setor do transporte.

Contudo, já há empresas, como a Fede­ral Express, que estão pensando em re­duzir ainda mais os tempos de entrega de pacotes entre o continente americano e a Europa.

Para isto chegou-se a pensar na utilização de aviões Concorde, que permitirão aos pacotes expedidos na Europa chegar a qualquer lugar dos Estados Unidos em menos de 24 horas.

Neste aspecto talvez nos concentremos nos inícios da logística supersônica, a era do super serviço e da possibilidade de dispor de um meio a mais para estabelecer características diferenciais em nossos sistemas de distribuição.

O raio laser também é um poderoso auxiliar da moderna logística.

Com efeito, as características de tal raio tornam-no idôneo para a leitura ótica de códigos de barras.

A combinação do computador e do leitor ótico torna possível o funcionamento automático dos armazéns, assim como o registro exato e instantâneo das modificações nos inventários.

Quando os materiais entram no armazém, coloca-se neles uma etiqueta com um código de barras que os identifica (esta etiqueta pode ter sido colocada pelo fornecedor).

Quando os materiais passam na frente dos leitores óticos, acionam-se os mecanismos de transporte, de armazenamento, de inscrição nos registros, etc.

No campo das comunicações, é muito que podem oferecer as tecnologias da informática e da telemática ao processamento de informação dos sistemas de logística.

O contínuo avanço da tecnologia, que permite contar com equipamentos mais econômicos e potentes, está tornando possível que a tecnificação das comunicações seja factível e imprescindível para qualquer tipo de empresas.

Contudo, não se pode perder de vista que a diferença de meios tecnológicos, responsável por vantagens competitivas, irá diminuindo à medida em que se generalize o uso de tal tecnologia.

Será necessário ir pensando que as vantagens terão de ser conseguidas na forma pela qual o sistema opera, na eficácia e na eficiência que o diretor da logística souber desenvolver.

Para isto deverá aplicar toda a criatividade de que for capaz e manter-se permanentemente atualizado sobre aqueles avanços tecnológicos que possam ser utilizados para incrementar a produtividade.

Também é de crucial importância a atualização do pessoal de distribuição física, nos aspectos técnicos e nos aspectos diretivos.

Embora não se trate de uma ideia nova, é importante sublinhar que a distribuição física é um vasto campo em que ainda podem ser feitas muitas coisas, tanto no que se refere aos custos como no que tange ao serviço.

Fundamentalmente, naqueles casos em que a redução de custos não possa ser conseguida no processo ou no abastecimento.

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Entenda a definição de logística

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Entenda a logística como arma estratégica

Entenda a logística dentro da empresa

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Fonte: Marcelo PaladinoEngenheiro industrial mecânico. Master em Direção de Empresas e professor de Direção da Produção no Instituto de Altos Estudos Empresariais de Buenos Aires, República Argentina.