A ampliação das instalações pode ser representada simplificadamente como se fez no gráfico “Ampliação da capacidade”.

O gráfico Ampliação da capacidade mostra que a expectativa de crescimento da demanda provoca a ampliação. Uma vez esta realizada, leva um certo período para alcançar a plena capacidade.

A expectativa de crescimento da deman­da provocará esta ampliação e, uma vez realizada, é provável que durante certo período não se alcançará a plena capacidade, especialmente se não se tomaram medidas comerciais ou transitórias de algum tipo para ampliar a participação no mercado.

Evolução das capacidades

Ao longo da vida de uma empresa e de seus produtos, esta decisão se produzirá várias vezes.

Em uma rápida olhada, se observaria uma tentativa da companhia de ajustar-se ao longo do tempo à deman­da, como reflete a figura “Evolução das capacidades: ajuste à demanda”, e com isto tentar obter a máxima utilização.

A empresa não está só nem controla todas as variáveis externas para fazê-lo assim.

Razões técnicas podem obrigá-la a ultrapassar a demanda de forma considerável, mas também determinadas atitudes estratégicas podem levá-la a comportar-se de outro modo.

Estas últimas razões fazem com que empresas, em ambientes iguais ou similares e que competem entre si, percebam o futuro e suas oportunidades de forma totalmente diferente e, portanto, tomem decisões também diferentes.

A seguir, descrevem-se dois tipos de estratégias totalmente diversas que as empresas podem seguir, frente ao processo de expansão setorial.

A figura “Evolução das capacidades: duas estratégias diferentes” indica os dois caminhos que uma em­presa pode seguir (inovação A; conservadorismo B) no processo de expansão da capacidade.

  • Estratégia A.

Trata-se de uma empresa ousada e agressiva que busca aumentar sua cota de participação no mercado me­diante ampliações importantes com relação ao mercado esperado, conseguindo antecipar-se ao próprio mercado e aos competidores.

Depende muito de seus mecanismos de predição da demanda e da confiabilidade destes.

  • Estratégia B.

Própria de uma empresa conservadora que não toma decisões antecipadas, mas que segue seus competidores e o setor em geral.

Entre ambas as estratégias há uma multidão de combinações possíveis, embora todas elas tendam a assumir uma atitude inovadora ou conservadora.

Como se pode ver, depois do estudo sistemático e dos diagnósticos adequados, os diretores tomarão as decisões, mas estarão muito influenciados pelas atitudes existentes na própria empresa.

Frente ao mesmo problema não há uma resposta única, mas o certo é que algumas são mais arriscadas do que outras.

Leia mais em:

Como entender a dimensão e desenvolvimento das instalações

Entenda a adequação da capacidade à demanda

Entenda as medidas para variar a capacidade a curto prazo

Entenda a expansão da capacidade a longo prazo

Entenda a avaliação do risco

Entenda as economias de escala: um critério simplista

Fonte: Fernando Serra Caila – Engenheiro Industrial e Master em Direção de Empresas pelo IESE. Professor encarregado do departamento de Direção da Produção, Tecnologia e Operações do IESE.