Estrutura

Por estrutura entende-se um sistema estável formado de vários elementos coordenados ou relacionados de determinada maneira.

Se o termo se refere à estrutura da empresa, então admitem-se várias acepções.

A mais elementar delas é a que define a estrutura como uma equipe de homens da qual derivam todas as realizações da empresa.

Uma segunda acepção é aquela que considera a estrutura como um conjunto de níveis hierárquicos e de inter-relações entre os diferentes grupos de homens ao desenvolverem sua atividade profissional.

Diz-se também que a estrutura é um esquema de organização que determina quem depende de quem, e co­mo se dividem e se integram as tarefas.

Pode-se ainda considerar a estrutura como constituída por homens que, ao realizar determinados trabalhos utilizando instrumentos concretos, tornam realida­de os fins específicos de uma empresa.

Esta última acepção pressupõe que na empresa se realizem trabalhos de natureza diferente e que todos eles são necessários; são os chamados trabalhos diretivos e operativos.

Os primeiros, relacionados com as tomadas de decisões, apontam os objetivos determinados, que se alcançam mediante uma condução adequada dos homens e com a autoridade que a competência específica confere.

Os segundos são as atividades padronizadas, que se repetem sob essa condução.

Os instrumentos a que se refere esta acepção são os meios materiais disponíveis para desenvolver essa atividade (ver a este propó­sito o esquema “Funções da estrutura”).

O desenho procura destacar a natureza distinta das duas categorias centrais de trabalho que compõem a estrutura de uma empresa: trabalhos diretivos e trabalhos operativos. Os primeiros estão diretamente relacionados com a tomada de decisões, determinando objetivos, mediante uma condução adequada dos indivíduos e com a autoridade que a competência específica pode conferir. Os segundos são atividades padronizadas e repetitivas a serem cumpridas para atingir as metas propostas. Ambas as categorias utilizam os necessários instrumentos.

Estratégia

O termo estratégia sempre associado à ideia de guerra.

Etimologicamente, deri­va da palavra grega strategós, utilizada para designar o chefe militar de maior categoria.

Estudiosos dos assuntos milita­res e bélicos definiram a estratégia como o meio de alcançar o objetivo da guerra, através do emprego da batalha.

No âmbito da empresa, os peritos oferecem múl­tiplas definições ao conceito de estratégia.

Alguns autores utilizam o termo estra­tégia como sinônimo de algo importante ou singular para a empresa, como quan­do se fala de planejamento estratégico, direção estratégica, sistemas de informação para a tomada de decisões estratégicas, comportamento estratégico, etc.

Outros querem estabelecer uma distin­ção entre o operacional rotineiro e o estratégico, classificando nesta última categoria todos os sistemas planificados pa­ra a mudança, para romper a inércia e in­fluir de alguma forma naquilo que vai acontecer na empresa.

Para outros, estratégia significa uma realidade em si mesma, realidade que contém uma finalidade explícita (aonde se quer chegar) que é possível alcançar mediante alguns meios destinados a tal fim (o caminho para chegar ao fim).

Es­ta concepção de estratégia pressupõe implicitamente que se conheça a origem de onde se parte (diagnóstico do atual).

O conceito de estratégia que se defen­de e se utiliza neste trabalho coincide com a última acepção.

A estratégia de uma empresa é um conjunto ordenado e coe­rente de objetivos concretos que se pretende alcançar, utilizando para isto polí­ticas ou modos específicos de fazer, os quais se coordenam num plano de ação que é ordenado no tempo e contempla a totalidade do propósito específico da empresa (ver o esquema “Estratégia”).

Uma concepção da estratégia distingue o operativo do estratégico. Como estratégicos consideram-se os sistemas planejados para a mudança, para romper a inércia e influir de alguma forma naquilo que vai acontecer na empresa. O esquema apresenta um conceito de estratégia como a determinação e a formação de um conjunto de objetivos desejáveis para a empresa e o caminho para alcançá-los, isto é, as políticas que se coordenam num plano de ação que contempla o propósito global da empresa.

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Fonte: Fernando Lacueva – Doutor em Direção de Empresas pelo IESE – Instituto de Estúdios Superiores de la Empresa (Espa­nha) e professor de Política de Empresa no IESE.