A responsabilidade pelo investimento em estoques recai sobre a administração financeira de forma indireta.

A gestão de estoques, como tal, é uma questão operacional, que afeta diversos responsáveis pela direção de operações, segundo o tipo de estoques de que se trata.

Os estoques de matérias-primas são gerados através da gestão dos departamentos de compras e de produção, os produtos em fabricação são um tema de organização da fabricação e os produtos acabados resultam da combinação da gestão dos responsáveis de fabricação e de vendas.

Apesar daquilo que acabamos de dizer, não há dúvida alguma de que o investimento em estoques também é um tema da administração financeira que em certas ocasiões pode ser de primeira magnitude.

O problema está na maneira de coordenar a gestão das direções operacionais com a administração financeira a fim de evitar perigosos desvios.

Felizmente, o controle dos estoques é uma necessidade sentida de forma quase intuitiva, o que se traduz em um alto grau de sensibilização para com este tema em toda a estrutura organizacional da empresa.

Também contribui o fato de que os desvios sejam claramente visíveis e facilmente quantificáveis em dinheiro, pelo menos de modo aproximativo.

Neste sentido, os analistas afirmam que são muito mais perigosos os devedores do que os estoques.

Boa parte da coordenação entre os interesses das direções operacional e financeira de curto prazo no controle de estoques tem lugar através de procedimentos estandardizados (como são o lote econômico de compras, os sistemas planejados de produção, registros de inventários normalizados ou outros), usados pelas direções operacionais, que já levam em consideração as implicações financeiras da política de estoques.

Quanto ao mais (e sem considerar os contatos informais entre os responsáveis departamentais), a coordenação deve ser alcançada através do processo orçamentário ou do recurso a outro mecanismo de planejamento global.

Leia mais em:

Fonte: Josep Faus – Doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard e professor do Instituto de Estudos Superiores de la Empresa – IESE.