São indispensáveis para garantir o desempenho ótimo nos atuais trabalhos, capacitar a transferência para outros postos e ampliar a visão profissional no intuito de atender exigências futuras.
Às vezes, podem ser utilizadas ou adaptadas algumas das baterias de testes e provas que se empregam na seleção, além de jogos e outros instrumentos.
Os requisitos essenciais para sua efetividade são:
- Basear-se em necessidades e não em
É preciso detectar os problemas e buscar suas causas.
- Verificar os resultados conseguidos.
A preparação é mensurável por fatos tangíveis, não perguntando-se aos participantes se gostaram do programa.
- Deve ser apoiado pelos executivos, e estes só o conseguirão se detectarem sua conexão com o trabalho.
- Devem ser treinados aqueles que mais necessitarem; não unicamente os pré-selecionados.
O treinamento tem como objetivo a aquisição e aperfeiçoamento dos conhecimentos e habilidades para melhorar o rendimento no trabalho.
As etapas necessárias são: determinação das necessidades de treinamento; fixação de objetivos ou resultados desejados, com os indicadores para medi-los; seleção de métodos de instrução; implementação do programa e avaliação dos resultados.
Deveria ser iniciado no primeiro dia de trabalho a fim de detectar obstáculos ou problemas que dificultem o desempenho do empregado e buscar o método adequado de aperfeiçoar suas habilidades e conhecimentos para superar as deficiências iniciais.
Os métodos mais usados são:
- Treinamento no próprio trabalho.
O supervisor ou outro empregado mostra ao novo empregado como realizar o serviço, explicando, demonstrando e corrigindo até que o aluno possa fazê-lo sem a presença do monitor.
- Treinamento em escola-oficina.
Duplicam-se, de maneira aproximada, as instalações e as condições de trabalho fora do processo produtivo e nesta área os monitores ensinam.
- Treinamento fora do trabalho.
Mediante palestras, conferências, discussões em pequenos grupos, vídeos, ensino programado (livros especialmente redigidos para que o leitor comprove por si mesmo seu grau de assimilação mediante exercícios, provas e testes de compreensão), análises de casos (discussão de situações concretas, buscando o diagnóstico e/ou solução dos mesmos), representações, etc.
O desenvolvimento, além das finalidades do treinamento, visa o aperfeiçoamento das potencialidades naturais do indivíduo mediante a prática.
Muitas vezes, determinadas capacidades ficaram subdesenvolvidas porque a experiência anterior de trabalho as marginalizaram, mas tornaram-se necessárias para dias atuais e futuros.
Por exemplo: criatividade, imaginação, habilidade política, aceitação de riscos, espírito empreendedor, etc.
Se o treinamento anterior centrava-se em habilidades e conhecimentos técnicos – de supervisão ou em algumas funções diretivas – o desenvolvimento atual é mais dirigido para a pessoa integral e, por isso, às vezes, se pensa que é mais apropriado para diretores ou para o pessoal destinado a esse cargo.
Há dois grandes caminhos a seguir: ou preparar o indivíduo, ou introduzir modificações na organização para que a pessoa se aperfeiçoe em seu esforço no sentido de adequar-se à nova maneira de funcionar.
A via educativa, cujos métodos e eficácia se indicam no quadro “Comparação dos benefícios educativos de diferentes métodos de ensino”, constitui o complemento normal e necessário para o caminho que leva à mudança da organização.
Essa via de mudança organizacional é muito rica e de resultados seguros se se adequam as modificações dos elementos da organização (posto de trabalho, estrutura, estilo de chefia e sistemas de direção) com a situação atual de preparo das pessoas e a microcultura da empresa; não se deve ter pressa neste setor.
Outro aspecto de que se deve cuidar é que, ao modificar um elemento (por exemplo, enriquecendo o posto de trabalho), não se perca a sintonia com os outros; ou seja, que se analise o impacto da mudança do posto na estrutura, no estilo de chefia e nos sistemas de direção, de modo que estes se adequem para manter a congruência.
A mudança de organização estimula e revitaliza todas as pessoas integradas nela, mantendo-as em forma.
Não se pode deixar de sublinhar a importância do papel tutelar do diretor no desenvolvimento do pessoal.
Ou seja, a tutela ou apadrinhamento de um júnior por um sênior, que é seu mestre, padrinho, consultor, advogado do diabo, confessor e amigo.
Hoje, esse papel está se institucionalizando em algumas empresas pioneiras.
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Fonte: Esteban Masifern – Engenheiro de indústrias têxteis pela ETSII de Terrassa, Barcelona. IPT pela Graduate School of Business, Harvard University. Professor adjunto de sistemas no IESE. Trabalha como consultor de empresas.