Existe outra variante para a representação de projetos em forma de rede, que consiste em colocar as atividades como nodos de rede, sendo os arcos neste caso indicadores de precedências.

O gráfico resultante costuma ser um pouco mais sim­ples do que o das atividades nos arcos.

A grande vantagem dessa variante é que não se precisa usar atividades fictícias para conseguir uma adequada representação das prioridades.

A figura “Atividades nos nodos” ofere­ce uma representação gráfica desse tipo de projeto em forma de rede, a partir do exemplo do brinquedo eletrônico mencionado.

O gráfico mostra outra maneira de representar os projetos em forma de rede conhecida como Atividades nos nodos, em cujo caso os arcos indicam as precedências. A grande vantagem deste sistema está em não ser necessário usar atividades fictícias para conseguir uma representação adequada das prioridades.

Suavização de recursos

Examinou-se a possibilidade de asso­ciar a cada atividade um consumo ou uma utilização de recursos determinada.

A figura “Diagrama das necessidades de mão-de-obra” mostra um caso típico, em que o recurso é mão-de-obra e cada atividade usa duas pessoas.

A irregularidade da utilização da mão-de-obra é mani­festa.

Se fosse necessário contratar mão-de-obra eventual, seria preciso contratar 6 pessoas no dia 15, que ficariam desocupadas entre os dias 30 e 40.

Também se necessita um máximo de 8 pessoas, que logo são desnecessárias.

É interessante analisar a suavização das necessidades deste recurso, de forma que as irregularidades de seu uso sejam pequenas.

É possível obter vários perfis de ocupação de recursos sem alongar o projeto, se as atividades se moverem com folga, para que comecem num momento diferente de seu TI.

Por exemplo, a figu­ra “Perfil do recurso deslocando a ativi­dade D” mostra o perfil que se obtém se se desloca a atividade D até começar em seu LI (ver o “Diagrama de barras” da mesma figura).

Parte da irregularidade desaparece, embora o número máximo de pes­soas necessárias aumente e a ocupação se mantenha elevada durante um tempo maior.

A partir do Diagrama das necessidades de mão-de-obra, que representava um caso típico em que o recurso era mão-de-obra e cada atividade empregava apenas duas pessoas, a figura mostra uma tentativa de suavizar as irregularidades na utilização do recurso, evitando os problemas da possível desocupação no caso de se ter contratado pessoal eventual. No caso anterior, teriam sido contratadas 6 pessoas no dia 15, que não teriam trabalho entre os dias 30 e 40 e haveria necessidade de um máximo de 8 pessoas, que logo seriam desnecessárias. A figura mostra o perfil que se obtém se se desloca a ativjdade D até começar em seu LI, como se pode ver observando o Diagrama de Barras da mesma figura. Parte dessa irregularidade desaparece, embora o número máximo de pessoas necessárias cresça e a ocupação se mantenha elevada durante um tempo bastante maior.

A figura “Perfil de recurso deslocando a atividade F” mostra o efeito de realizar a mesma operação com a atividade F (ver o “Diagrama de barras” da mesma).

A figura mostra o efeito de realizar a operação chamada suavização de recursos para a atividade F, como representa o Diagrama de barras da mesma figura. A utilidade desta suavização depende da situação do diretor do processo.

O efei­to no perfil do recurso é muito intenso; o número máximo necessário de pessoas diminui de novo para 8 e mantém-se uma utilização elevada durante mais tempo.

A utilidade desta suavização depende da situação em que se encontra o diretor do projeto.

Se as atividades D e F se programam em seu LI, ambas as atividades serão críticas no momento em que se iniciarem.

Com efeito, ao estarem programadas em seu LI, qualquer demora na realização de uma delas implicará o alon­gamento do projeto.

O número de atividades críticas aumenta ao realizar esta suavização e também o número de ativi­dades que o responsável pelo projeto de­ve controlar para que não se prolonguem, alongando assim o projeto.

Uma alta criticidade do projeto pode ser pouco aconselhável do ponto de vista organizacional, já que provoca a disper­são dos esforços do responsável do mesmo e, com frequência, ocasiona o seu atraso.

Para um projeto de certa envergadu­ra, a suavização de um recurso pode ser muito complicada e é difícil realizá-la à mão.

Portanto, a maior parte dos procedimentos de suavização baseiam-se na utilização de programas de computador.

Es­ses programas exploram sistematicamente as possíveis modificações no começo das atividades com folga, até conseguir um perfil razoável.

Quando o número de recursos é grande, o problema é mais complicado, e por isso costuma-se concentrar a atenção em um ou no máximo em dois recursos críticos.

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Fonte: Jaime Ribera Segura – Ph.D. e Master of Sciences in Operations Research; e Josep Riverola García – Master of Sciences in Ope­rations Research, Ph.D. in Operations Research e Catedrático da Politécnica de Barcelona.