As diversas teorias formuladas para explicar o funcionamento das organizações humanas, apesar de sua aparente diversidade, correspondem a três paradigmas ou modelos de enfoques diferentes: o mecanicista, o biológico (também chamado orgânico ou psicossociológico) e antropológico (também conhecido como institucional ou humanista).
As diferenças de base entre esses três paradigmas vão por conta das diferentes maneiras de se conceituarem os indivíduos e suas reações na hora de construir as teorias: em cada um deles encontra-se uma diferente concepção de fundo sobre essa variável interna do ser humano que chamamos motivação.
Vamos descrever as características essenciais de cada um dos modelos e das teorias nas quais procuram fundamentar-se.
Os modelos mecanicistas
Partem do pressuposto de que a ação humana deve ser explicada em função das diferentes circunstâncias externas em que a pessoa atua.
Isto quer dizer que a motivação para atuar se origina no impulso individual para conseguir uma relação pessoa-ambiente que esteja em melhor consonância com as preferências pessoais do sujeito.
Supõe-se sempre que as preferências de uma pessoa sejam integrantes de sua própria personalidade, por isso as mudanças na motivação devem ser explicadas apenas em função das mutações ambientais.
Em última análise, pois, considerando-se um sujeito qualquer, o fato de que atue ou não, e de que sua ação seja uma ou outra, dependerá apenas das circunstâncias externas concretas em que se encontrará.
Nos modelos mais elementares (ou mais ingênuos) prescinde-se completamente do processo interno pelo qual as pessoas decidem reagir: supõe-se que suas preferências estão integradas na própria pessoa, esta se aplica imediatamente a avaliar possíveis ações, escolhendo a mais satisfatória do ponto de vista daquelas preferências.
Os modelos mais evoluídos
Nos modelos mais elaborados leva-se em consideração o processo interno pelo qual as pessoas decidem agir, isto é, decidem a escolha de uma ação concreta.
Diferenciam-se dos mais elementares por sua maior profundidade na hora de manipular essa variável que chamamos conhecimento.
Contudo, tendem a compartilhar com aqueles as hipóteses motivacionais (o que motiva uma pessoa é a consecução de algo exterior a ela).
Assim, temos que, se nos métodos elementares a realidade pessoal é representada unicamente por uma escala de preferências que automaticamente mede e escolhe a ação que mais valor tem, nestes outros a pessoa é representada como um tomador de decisões, e as teorias correspondentes tratam de explicar o processo interno – a decisão – através do qual a pessoa acaba escolhendo entre dois tipos de ação.
Nas teorias elementares, as pessoas aparecem como maximizadoras de utilidade; nestas outras, ao abordar explicitamente a complexidade dos processos cognitivos do ser humano, fica bem evidente a ingenuidade daqueles pressupostos, de sorte que as pessoas aparecem como “procuradoras de um grau mínimo de satisfação”, dada a impossibilidade de conhecer tudo aquilo necessário para conseguirem maximizar.
São teorias que focalizam de maneira realista os problemas que o ser humano enfrenta normalmente quando deve tomar decisões (dificuldades para estabelecer critérios operacionais que lhe permitam medir o valor das ações que pode realizar e dificuldades para gerar alternativas ou, o que é a mesma coisa, que ações pode realizar para resolver um problema concreto que deve enfrentar).
É mérito indubitável desse tipo de teorias – cuja origem se encontra nos trabalhos de Herbert Simon – a abertura de um novo campo de exploração teórica tendente a explicar a influência dos processos cognitivos na ação humana.
Assim, nessas teorias, os elementos da organização (as pessoas) não são apenas encarados como sujeitos capazes de realizar uma série de operações físicas; incluem-se também seus processos cognitivos, como algo que influi radicalmente nas ações ou operações que o sujeito realizará.
Para poder vislumbrar a importância dessa abertura teórica basta darmo-nos conta de que a própria concepção daquilo que organiza uma organização humana é distinto em um e outro caso.
Nas teorias elementares ou ingênuas, aquilo que se trata de organizar ou coordenar são as ações ou operações físicas das pessoas.
Nestas outras, consideram-se as decisões humanas, daí o nome de enfoque decisório que se costuma geralmente consignar a essas teorias da análise das organizações.
Daqueles três planos de comportamento de que falávamos ao referir-nos às pessoas, essas teorias mais elaboradas incluem dois; as mais elementares recolhem apenas um.
Em termos técnicos diríamos que as teorias ingênuas mecanicistas abstraem os processos cognitivos e motivacionais do ser humano.
Nestas outras abstraem-se apenas os processos motivacionais.
Evidentemente, são esses processos os mais importantes na hora de explicar o funcionamento das organizações, mas isto não é obstáculo para reconhecer a valiosa contribuição de uma abertura teórica que integra os processos cognitivos como variável determinante do funcionamento das organizações.
O paradigma mecanicista
Além dessas diferenças na hora de descrever o comportamento humano, as teorias derivadas do modelo ou paradigma mecanicista descrevem o funcionamento das organizações visualizando apenas este plano das organizações concretas que denominamos sistema formal.
Para todas essas teorias, dados seus pressupostos motivacionais, a realidade viva da organização fica suficientemente representada por aquilo que acontece ao nível das relações formalizadas e, consequentemente, pode-se prescindir de todo o conjunto de interações que incluíamos no plano espontâneo.
Estas ações se representariam como algo análogo aos atritos ou divergências do ponto de vista da mecânica racional (algo de que deve ser descartado para se poder formular leis gerais).
As diferentes teorias tratam de dar resposta ao problema de como projetar sistemas formais que coordenem a interação dos elementos da organização de tal modo que essa ação conjunta alcance um propósito ou objetivo específico.
Os conceitos básicos formulados dentro do modelo ao qual nos referimos são os seguintes:
- Estrutura formal: representa as pessoas ou elementos da organização através das funções ou dos papéis que lhes são individualmente atribuídos.
Na estrutura formal aparecem as pessoas refletidas apenas enquanto capazes de realizar uma série de operações (através de alguns processos cognitivos, que se incluem na análise das teorias do enfoque decisório, porém nas teorias elementares se acham apenas pressupostos).
- Sistemas de direção: determinam a coordenação das ações – ou das decisões – dos elementos dentro da estrutura formal, isto é, o que se espera de cada um deles para que o resultado final da atuação conjunta seja a consecução do propósito ou objetivo.
- Estratégia: determina qual a ação conjunta a ser realizada nas circunstâncias concretas do ambiente em que a organização opera.
Em última análise, o modelo ou paradigma mecanicista visualiza a realidade das organizações através de um esquema básico, tal como se vê na figura “Esquema do paradigma mecanicista”.
Os mais evoluídos e rigorosos métodos mecanicistas deixam de visualizar o homem como uma soma de ações ou operações físicas, e prestam maior atenção à sua capacidade intelectual para tomar decisões. Embora essa visão pressuponha um importante passo à frente na compreensão do trabalho, os sistemas mecanicistas continuam evitando os processos motivacionais como componentes internos, e só aceitam os estímulos externos, reduzindo, portanto, sua atuação a uma série de estímulos econômicos nada rentáveis para os que os recebem.
Naturalmente, as diferentes teorias dão conteúdos e prescrições muito diversos para a formulação da estratégia, do propósito da operação, dos sistemas de direção e do contexto geral das estruturas formais.
Como dissemos em várias ocasiões, a única coisa em que todas coincidem são as hipóteses motivacionais.
Contudo, as implicações dessas hipóteses são tão importantes na hora de conceituar as organizações humanas, que convertem em secundárias suas diferenças no que se refere às maneiras como concebem todos os demais aspectos da realidade (embora essas diferenças sejam tão profundas como as que existem entre as teorias elementares e aquelas do enfoque decisório, que afetam a concepção do papel que desempenha o conhecimento humano no comportamento individual).
As implicações lógicas das hipóteses motivacionais estendem-se à própria concepção que se faz dos objetivos da ação humana (o que as pessoas querem na hora de agir) e, portanto, aos juízos que se formulam da maneira de ser da própria pessoa, e como estas se tornam mais humanas ou se desumanizam.
Em última análise, os pressupostos motivacionais implicam alguns pressupostos antropológicos e estes, por sua vez, implicam um pressuposto sobre os fins ou sobre o para que das organizações.
Vamos estender-nos agora sobre este ponto concreto por ser de especial importância em nosso caso.
Trata-se, em última análise, da questão dos objetivos da empresa.
A utilidade das organizações
Normalmente se diz que o objetivo da empresa é a maximização do lucro.
A partir desse ponto há teóricos que tratam de dar um sentido mais operacional a um conceito tão abstrato, e substituirão a palavra lucro por outras variáveis que, em sua opinião concreta, são as que determinam o lucro (falarão de participação no mercado ou de serviço dos clientes ou de lucro a curto prazo sujeito a uma série de condições que assegurem o lucro a longo prazo, etc).
Haverá outros que tratam de esclarecer o conceito de lucro, tirando-o da imagem financeira a que normalmente se associa (ingressos em dinheiro, menos custos em dinheiro) e levando-o a conteúdos mais realistas, mas menos mensuráveis (utilidade social, menos custos sociais).
Muitos outros distinguirão entre a empresa e outras organizações que prestam diversos serviços públicos dizendo que, enquanto o lucro em termos financeiros mede bem o resultado dos objetivos de uma empresa, as medidas devem ser distintas para essas outras organizações (confundindo, de certa forma, o conceito de lucro com a medida do lucro).
O que normalmente não se sublinha é que, no fundo, todas essas formulações nascem de uma mesma concepção ou imagem das organizações: a que denominamos mecanicista, e que o problema da falta de realismo em todas elas reside nas limitações desse modelo, devido ao fato de que suas hipóteses motivacionais são incompletas.
Detenhamo-nos no gráfico “Interação entre organização e ambiente”.
O gráfico mostra-nos a interação entre uma organização e seu ambiente. É fácil compreender que há duas realidades: a ação organizacional, que se traduz em produtos, serviços, etc e uma reação do ambiente, explicitada em dinheiro, aplausos, etc.
Há uma ação organizacional (em termos de produtos, serviços, etc) e uma reação do ambiente (em termos de dinheiro, aplauso, reconhecimento, etc).
Quanto maior for a diferença entre o valor recebido através da ação (custo do desempenho) melhor será para a organização.
De fato, pressuposto o ambiente, o valor da organização é precisamente a diferença entre o valor produzido (reação) e o valor consumido (ação); este é o valor que se obtém porque a organização está ali, interagindo e, logicamente não existiria sem essa diferença.
Por isso, quando se diz que o objetivo de uma organização é maximizar a diferença entre o valor produzido e o valor consumido está se exprimindo uma tautologia, uma verdade evidente, já que não explica mais do que aquilo que a própria definição de organização diz, apenas com palavras diferentes.
Já vimos que essa diferença não é outra coisa senão o próprio valor da organização, e aquele objetivo significa, em última análise, que a organização deve ser quanto mais valiosa possível.
Omissões do sistema mecanicista
O problema não está no fato de que ao expressar o objetivo desse modo não se esteja dizendo nada que não seja trivial – ou tautológico, mas no fato de que, dentro do modelo mecanicista, incorre-se simultaneamente em duas omissões muito sérias.
- O modelo é estático: não contempla as mudanças que a própria interação provoca na organização e no ambiente.
São estas as mudanças a que nos referimos como aprendizagens ao falar dos elementos da organização (as pessoas).
Não se pode levar em consideração (conceituar) essas mudanças porque, embora tenham consequências no plano dos sistemas formais, não ocorrem neste plano, o único que o modelo contempla.
O tema é tremendamente importante porque uma maximização da diferença entre o valor produzido é o valor consumido assegura, evidentemente, o máximo de valor da organização apenas sob condições estáticas, mas de forma alguma o garante se ocorrerem variações dinâmicas (mudanças provocadas na própria organização e/ou no ambiente pela ação que maximiza essa diferença).
Nenhum homem de negócios jamais maximiza nas decisões concretas ou no curto prazo, a não ser que seja um insensato e queira deixar de fazer negócios.
Normalmente pensa que as coisas têm que continuar e por isso vale a pena incorrer em custos aparentemente não produtivos, investir mesmo que o resultado não se apresente muito claro, não manifestar isto ao cliente, etc.
- A interpretação tão parcial e limitada que se dá ao significado daquilo que chamamos valor, tanto em se tratando das ações como das reações e da própria organização.
Essa interpretação tem sua origem nas próprias hipóteses motivacionais do modelo, embora os que teorizam a este respeito não costumem ter consciência disso.
E é assim porque se considera algo valioso na medida em que satisfaz motivações (ou necessidades, que estão no fundo das motivações).
As reações do ambiente (dinheiro, louvores, popularidade ou o que quer que seja) constituem o fundo de incentivos de que dispõe a organização para motivar seus membros a que atuem de acordo com a sua filosofia empresarial.
Por isso, quanto mais motivados estão ao fazê-lo, mais valiosa é a organização, mais integrados nela e mais difícil será que a abandonem.
Ora, no modelo mecanicista, a única fonte de estímulos – de motivação – que se reconhece é a externa, o que em teoria da motivação se chamam fatores extrínsecos.
Não aparecendo nenhum outro tipo de motivos dentro do modelo, é claro que o único critério para avaliar a organização é sua capacidade de gerar um fundo de incentivos suficiente para motivar as pessoas a agirem como a organização o exige, e quanto maior esse fundo, melhor a organização.
Conclui-se daí que o objetivo da organização é maximizar a diferença entre a motivação que pode gerar nas pessoas através do fundo de incentivos e a resistência (ou desmotivação) dessas mesmas pessoas para atuar como a organização o exige.
Essa diferença é chamada benefício – mais corretamente valor acrescido – no caso das empresas, e eficácia no caso geral (qualquer organismo empresarial ou não).
No modelo mecanicista não há mais objetivo na organização do que maximizar a eficácia. Nenhum outro objetivo pode ter sentido dentro desse modelo.
As diferenças tão grandes que parecem existir no plano teórico, entre aquelas que se regem por esse paradigma de base, são devidas unicamente às diferentes posturas adotadas com relação à maneira de medir a eficácia: não é um problema de conceitos; é um simples problema de medição que os separa.
Antes de terminar a análise do modelo mecanicista devemos sublinhar, contudo, um ponto que é muito importante para tudo o que veremos a seguir.
É claro que a organização precisa motivar as pessoas a agirem de determinado modo.
A eficácia, tal como a definimos, significa a consecução do fundo de incentivos externos necessários para a motivação dessas pessoas.
Visto que o mecanicismo não contempla nenhuma outra motivação afora aquela provocada pelos incentivos externos, a maximização desse fundo é o mesmo que a maximização das necessidades da organização.
Naturalmente, ao transcender as limitações da análise mecanicista, iremos incluindo outras motivações do comportamento humano além dos fatores extrínsecos.
Isto significará imediatamente duas coisas:
- A maximização da eficácia não é condição suficiente para avaliar a organização.
Mais ainda, pode ocorrer – e com frequência ocorre – que se a organização tentar maximizar a eficácia se auto destrói, já que ao tentá-lo pode afetar negativamente os outros planos motivacionais das pessoas e pode ser que estas não estejam suficientemente motivadas através dos incentivos externos que se lhes podem oferecer para compensar sua perda motivacional nos outros níveis.
Não é raro, por exemplo, que uma pessoa decida deixar o emprego porque querem mudar-lhe o trabalho, ainda que lhe ofereçam maior remuneração e melhores condições de horário se aceitar a mudança.
- Um grau de eficácia mínima é condição necessária para que a organização possa existir, sem o qual certamente desapareceria.
Esse mínimo é determinado – muito embora não seja fácil de medir – pelos incentivos externos necessários para motivar as pessoas a agirem da maneira que a organização exige.
Essas pessoas podem estar motivadas por outros tipos de incentivos.
Pode até ser que algumas nem precisem ser motivadas por incentivos externos (quem não ouviu dizer, por exemplo: “gosto tanto do que faço ali que não só não cobro mas até pagaria para continuar fazendo aquilo”).
Contudo, sempre haverá um mínimo de eficiência – um fundo mínimo de incentivos que a organização precisa conseguir – para que alguém complete sua motivação através dos estímulos extrínsecos.
O contrário significaria que a consecução dos objetivos dessa organização implicaria unicamente operações fora do mundo da matéria e que nada consegue afetá-la daquilo que acontece no mundo material.
Tanto as teorias elementares (Taylor, Fayol, Urwick, Weber, etc) como as do enfoque decisório tratam de fazer descrições e prescrições para se conseguir eficácia nas organizações.
São teorias rigorosas, mas incompletas, e significam, em geral, notáveis contribuições teóricas para o entendimento das propriedades dos sistemas formais e de sua adequação com respeito ao ambiente em que a organização opera e/ou os problemas que esta deve continuar enfrentando.
Suas limitações para representar a realidade originam-se no fato de que não são completas: por isso são mais ou menos realistas, dependendo da menor ou maior influência das motivações não-econômicas dos membros da organização no funcionamento concreto desta.
Grande parte da bibliografia existente sobre a direção de empresas – quer se refira a todo processo de direção ou a aspectos parciais deste – realiza suas análises a partir do modelo ou paradigma de fundo mecanicista.
Embora muitas vezes se introduzam observações sobre a necessidade de levar em conta as outras dimensões da organização, o núcleo daquilo que se expõe – às vezes com notável refinamento técnico – se acha embasado numa aplicação dos processos tais como se encontram refletidos num sistema essencialmente técnico.
Para o leitor é fácil reconhecer a presença desses modelos como suporte básico das afirmações do autor, bastando olhar qual é o objetivo último que – explícita ou implicitamente – atribui à organização.
Sempre que esse objetivo for a maximização da relação produção-consumo (seja buscando uma otimização de produção para determinados consumos, seja buscando um mínimo consumo de recursos para uma determinada produção, ou tratando de maximizar a diferença), o modelo básico é o sistema técnico.
Os modelos concretos podem ser depois muito diferentes, mas todos terão a característica comum.
Suas diferenças fundamentais encontram-se ou nos diferentes postulados sobre as características do conhecimento humano e do papel deste nas decisões, ou seja, na maneira pela qual essas decisões são tomadas.
A imagem de pessoa que utilizam oscilará entre a que se usou tradicionalmente na economia (o homo economicus), ou a mais completa – já que leva em conta as naturais limitações do conhecimento humano – introduzido por Herbert Simon com o nome de administrative man.
Qualquer delas pode ser perfeitamente coerente com o modelo de organização como sistema técnico, já que as diferenças se encontram num plano mais profundo: o dos motivos do comportamento humano e sua relação com as próprias necessidades.
Leia mais em:
- Entenda os modelos psicossociológicos
- Como entender o funcionamento nas organizações: Primeiros modelos explicativos
Fonte: Juan Antonio Pérez López – É atuário de seguros pela Escola Central Superior de Comércio de Madri, doutor em Business Administration pela Harvard University e professor titular de Comportamento Humano na Organização no IESE.