Embora a evidência empírica disponível seja escassa, fragmentária e, às vezes, contraditória, é oportuno indicar os pontos sobre os quais hoje em dia existe unidade de crité­rio dos diferentes autores.

  • Não existe uma forma única de organizar.

Também não existem princípios de organização de validade universal.

Os clássicos princípios de organização de Fayol, Urwick, Mooney, etc, já passaram à história.

  • O tipo mais adequado de estrutura organizacional depende de uma série de fatores variáveis.

Como depende da situação e das contingências, para organizar valemo-nos dos conhecimentos obtidos mediante investigações empíricas.

  • A estrutura organizacional tem caráter ins­trumental da política ou da estratégia é da empresa.

Isso é corolário do ponto anterior, já que a estratégia é um fator altamente condicionante da estrutura da organização.

Mas não só neste sentido é instrumental, porque o é também para conseguir determinados comportamentos dos membros da organização e, em última instância, sua colaboração ativa na tarefa comum da empresa.

A seguir, examinaremos os principais fa­tores condicionantes da estrutura organizacional e os tipos, as formas ou as soluções estruturais de que o diretor dispõe para fazer frente aos problemas mencionados no início.

Conceito de burocracia

As principais características da burocracia, segundo Max Weber, são:

  • Divisão do trabalho, baseada na especialização funcional ou na capacidade técnico-profissional dos membros de uma organização.
  • Hierarquia administrativa ou de poder, que suponha uma ordem nas relações de dependência entre os diversos órgãos.

Por meio dessas relações de dependência, a cúpula da estrutura fica unida à base.

  • Um sistema de regras ou normas de atuação que regulem o comportamento (direitos e deveres) dos membros de uma organização.
  • Despersonalização das relações e ênfase na comunicação escrita.
  • Um sistema de procedimento técnicos baseados na racionalidade.
  • Seleção e promoção dos membros de uma organização, baseadas na competência técnico-profissional.

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Fonte: José M. Veciana Vergés – Doutor em Ciências Econômicas, pela Universida­de de Barcelona (Espanha) e em Ciências Econômicas e Sociais, pela Universidade de Frankfurt (RFA). Pro­fessor catedrático de Economia de Empresas na Uni­dades de Barcelona